Por um novo ano...

Por um coração mais quente. Uma mente mais tranquila e uma maior paz. Por um choro menos frequente e mais de alegria. Por um humor mais pra cima. Por um dia a dia mais positivo. Por uma generosidade mais presente. Por um trabalho com um sentido constante. Um sorriso sempre sincero. Por uma liberdade mais consciente. Uma responsabilidade menos sacrificante. Por um sol que brilhe mais. Uma lua que mais ilumine. Uma chuva que sempre renove.
Por um ano com a mesma de mim e mais um pouquinho.
Conquistas contínuas. Crescimento, amor, saúde...sempre. 
O que já foi de ruim que fique pra trás,  o que foi de bom se mantenha. E o há de vir... que seja bem vindo.
2014, Here we go..

Como pode existir tanto sentimento ruim assim?

Eu to carregada, tá transbordando coisa ruim de mim. 

Eu me irrito e me enraiveço até mesmo com o vento que balança suavemente o guarda sol. 

É raiva que eu sinto. É vontade de mandar todo mundo para aquele lugar. É algo incontrolável. 

To tentando dominar, tentando mudar meu humor, desfocar disso, pensar em outra coisa, mas não, parece que quanto mais eu tento mais fico pior.

Eu sou uma pessoa ruim. Tenho coisas ruins dentro de mim. Tenho sentimentos negativos, mimados, invejosos,  feios... Eu não posso ser assim. A vida não é assim.

Será que a única maneira de me livrar deste bicho infernal que habita em mim é a morte? Será que esse bicho habita em mim, ou sou eu mesma esse bicho?  

Cara eu me odeio. A única prejudicada com isso tudo sou eu. Não tem ninguém vendo esse conflito.  Não existe nenhum braço a torcer. Não envolve mais nada nem ninguém. Só eu e meu sentimento, minhas sensações e humor e pensamentos.

Eu to numa praia. Tá legal que não é lá uma praia bonita, as pessoas que aqui frequentam na maioria são mau educadas, gentinha bizarra, porcas, povinho. Mas é uma praia. Tem som de mar em meus ouvidos. Tem o brilho do sol. E nada é capaz que acalmar meu coração. Nada me tira dessa jaula mau humorada.
Eu poderia estar curtindo, o sol é um só em qualquer lugar que se esteja. Mas essa coisa ruim me deixa tão mau. 

Eu não to me sentindo bem. Meu coração ta apertado, oras ela dispara, oras ele dói parecendo se contorcer, parecendo estar sendo esmagado. Estou com mau estar, como se estivesse com intoxicação alimentar. Ta impossível ficar confortável na cadeira, assim como uma pessoa deitada num colchão de brasas.

O esforço está sendo gigantesco para me manter aqui. A minha vontade é de voltar pro apartamento e me anular num sono profundo até isso tudo mudar dentro de mim. 

Ceeeeus, como eu mudo isso???? Sinto que o mau estar está tão grande, que até parece que daqui a pouco eu vomito ou desmaio. Não tô conseguindo respirar normalmente,  meu coração ta em uma disritmia tão grande que a respiração está difícil. 

Socorro meu Senhor, eu imploro. Me deixe te sentir dentro de mim. ... me traga sua paz... me toque com sua bondade em meu coração. Me faça uma pessoa melhor, me deixa sentir amor. Eu não peço nada material, nenhum finalmente, nenhuma conquista e nem nada que seja facilitador. Eu peço pela raiz de tudo. Peço para que me toque com seu amor. 

Eu to vendo em mim uma pessoa ruim, com sentimentos ruins. Eu não quero sentir isso. Não quero essa maldade, não quero esse mau humor, não quero essa raiva. São coisas ruins, feias de se sentir. E eu não tô conseguindo tirar isso de mim.

Me ajude Senhor, me ajude!!!!!!! 

Eu não gosto de mim

Eu não gosto de mim.

Não gosto do que sinto.
Não gosto do que penso. 

Consequentemente, não gosto do que sou.

Quero mudar isso.
Mas como deixar de sentir?
Como dominar sentimentos e pensamentos espontâneos?
Como aceitar sentir coisas que não são boas?
Como a gente manda naquilo que vem de dentro????? Como???

As vezes queria não ter esta consciência. Ser chata, ser uma pessoa ruim, invejosa, amargurada, negativa, mimada, birrenta... e não enxergar nada disso.
Ja que não mandamos no que sentimos... não identificar essas sensações como negativas, me permitiria viver mais em paz, e não nessa guerra massacrante, de sentir e condenar, de não concordar e se martirizar por mesmo assim não deixar de sentir.

Cada dia parece que me vem um motivo mais a fundo da minha ausência de paz.
A cada dia que passa eu alimento dois lados distintos dentro de mim. 

1) o que me traz esperança e uma sede doentia de mudar tudo isso ao passo que vou identificando cada detalhe. 

2) e a percepção do quão na merda eu tô. Descobrir os pontos falhos para se trabalhar com eles parece ser, e é de fato, o passo mais importante. Mas descobrir o caminho, a maneira e a solução para alcançar o que se quer, mesmo ja sabendo o alvo real a ser conquistado,  parece ser cada vez mais difícil.
Nessas horas que me perco, me abandono e me desvencilho da esperança. Ela é a última que morre, sim, mas ela vai perdendo suas forças e me enfraquecendo junto.

Eu tenho muito o que mudar.
Muito o que aceitar.
Muito o que evoluir, amadurecer....

Só pode ser essa a explicação pra tanto inferno assim dentro de mim.

Natal

Eu acho tão linda a festa de Natal, e fico muito triste que atualmente para mim este dia seja tão sem graça.

Qual o nível de sua expectativa?

A vida é uma coisa tão doida nhe.
Esperamos tanto, vivemos tão pouco e recebemos menos ainda...ou melhor,  menos em relação àquilo que esperávamos nhe, mas se bobear, muito mais do que de fato merecemos.
Essa bola de neve limita nossa alegria e satisfação com a vida. Sorte daquele que vive sua expectativa real. Daquele que não muito espera e vive alem da conta. Estes eu admiro, porque aí sim, o dia a dia é tomado por alegria no coração. E a tristeza, ela se guarda para dar as caras só quando for permitida.

Mais um ano....

Mais um ano se passou.

E o que eu consegui? No que eu avancei?

Esse ano, foi mais um ano em que reservei pra ""arrumar minha casa", mais um ano em que eu entrei em promessas vazias de que me resolveria, me acertaria comigo mesma para assim seguir em frente. 

Mas e aí, isso aconteceu??? 

É... Não aconteceu. Foi mais um ano lutando, buscando e sofrendo minhas lagrimas e chorôrôs.

Até quando? Até quando meus anseios de virada de ano se manterão em "me resolver"? Me arrumar para aí sim seguir????? 

Foram anos tentando me acertar no vácuo. Tentando me achar num vazio. Lutando e buscando por algo tão vago, tão subjetivo e instável!! 

Paz? Alegria? Felicidade? Segurança? Amor? Amizade? Reconhecimento? Importância? Sucesso?.....Tudo que se resume em "ME SENTIR BEM" 

O que faz uma pessoa se sentir bem? E não bem? ....... São tantas inúmeras coisas. São zilhoes de sensações a cada segundo em que uma pessoa pode sentir tudo isso e nada disso. 

E até quando eu vou "pausar" minha vida para "alcançar" isso??? 

Como hoje é claro pra mim...fútil...uma perda de tempo e desculpa de covardia. Éééé isso mesmo... toda essa pausa foi puro fruto de uma imensa covardia. Falta de coragem pra lutar, pra buscar, pra quebrar a cara, enfrentar consequências e fazer acontecer. 

Como uma pessoa pausa uma vida pra se acertar???? A vida passa, a vida corre.... e não tem essa de pausa. De tempo. De momento. De fase. Tudo acontece ao mesmo tempo. Tudo evolui assim... paralelamente, e não separado como etapas. "Em primeiro eu me acerto, depois eu luto, e aí eu alcanço". Óhhhhh...que linda trajetória!!!!! 

É claro que eu preciso sim primeiro me descobrir, enxergar o que eu sou e o que eu quero. Traçar um objetivo e lutar por aquilo. Segue sim uma certa ordem, não é tudo tão alheio também. Mas é que as fases se misturam, acho. Se entrelaçam e se sobressaem, fases diferentes à determinados avanços. 

E também tem outra....não tem como se encontrar num vácuo. Não tem como se descobrir parada. E o que eu venho fazendo é isso. Esperando que a vida resolva o meu eu, enquanto eu lamento minhas angústias.

E mais.... angústias? Porque angústias? O que taaaanto tem de errado?? 

Enfim, mas como antes tarde do que nunca, hoje eu termino o ano ao menos com a sensação de que o caminho foi encontrado. Eu avistei o "meu encontro" pela janela. Falta encontrar a porta. Mas eu descobri sim nesse finzinho de ano muitas coisas importantes. Não soluções, não coisas legais, não coisas fáceis e muito menos resolutivas - mas importantes, sim, muito importantes. 

Eu descobri que minha vida não é assim uma droga problemática. Sou eu que nas minhas expectativas a faço ser assim tão insatisfatória. 

A depressão não existe em mim. Eu simplesmente me concretizei num hábito de sofrer, incorporei um negativismo como caráter. Vesti a camisa da coitada e eu nunca chegava lá. E acho que nunca me permitiria a isso, simplesmente porque o "chegar lá", me descaracterizaria. 

E aí vem um ponto em que diante a todos esses anos em que venho colecionado amarguras eu perdi:

O que é a Renata? O que ela quer e o que a importa? O que a faz feliz? O que lhe agrada? Eu perdi essa percepção. A contaminei tanto com o hábito do sofrer. Que eu me vejo hoje, sem ver. 

Mas vamos lá, vamos tentar ser prática. Certeira. 

A base de tudo que venho procurando, é estar em paz. Me sentir bem comigo mesma. Não ver problemas excessivamente onde muitas vezes não há nenhum. Passar a maior parte dos meus dias com satisfação e alegria dentro de mim e não rancor, tristeza e angústias. 

Ok. E para isso, diante ao que tenho e sou hoje, o que necessita mudar? 

Eu to num emprego que eu gosto? Não consigo ainda retirar isso de mim, mas já posso mudar meu discurso do lá na frente. Naooo, a resposta é não...eu almejo sim ser top da top, quem não?? Mas não é existencial chegar nisso. Se eu quero paz, eu quero apenas um emprego que me proporcione um dia dia gratificante. Que eu vá trabalhar, passe o dia exercendo o meu trabalho e no final do mês tenha lá, minha remuneração. O trabalho top da top me deixaria ter um dia a dia assim tranquilo???? Quanto mais alto se está, com mais gaviões tem que se lidar. 

Eu não tenho não que ser A ESPECIAL E INSUBSTITUÍVEL da turma. Ninguém é pra mim. Pensando bem mesmo só sinto essa falta doida de um alguém que faz morrer toda a graça em estar em um certo lugar, quando se trata de um cara a qual estou interessada. Mas na amizade..... na boa. A amizade é comigo mesma. É de mim que eu tenho que ser amiga. Porque tanta falta dos outros precisando de você? Não, eu não sou a amiga mais merecedora do troféu amizade. O que eu faço aos outros acho que é na verdade pra mim. Pra mostrar a mim mesma o quanto "ohhh, você é fera e gente boa, olha como me doo a essa amizade".... mas nem sempre é uma doação que se encaixa no "buraco" do outro. Acho que não penso nisso. Penso em como o "mundo" veria meu esforço. Sei la... eu tento de coração sim fazer o bem ao outro. Mas muitas vezes eu faça isso até a página 2, diante ao que me convêm. Eu me coloco acima de tudo. Muitas atitudes minhas ultimamente tem me mostrado isso. 

Então realiza, não cobre com toda essa importância aquilo que você não dá. Não faz sentido certo? Você não tem que provar o tempo todo. E nem o que a provar.

Bom... pensei, discursei, me achei me perdendo e me perdi mais ainda me achando. 

A verdade é que acho que apenas avistei que nesses anos todos eu buscava respostas para o que não se tem. E caminhava numa estrada que não me levaria nunca a caminho algum. 

Hoje, eu não posso dizer que achei o caminho. Mas já posso ver que um outro caminho existe, e que neste que estou, não posso ficar. 

Eu não mudei nada. 2014 terá a mesma renata. Mas a esperança, assim como em toda virada de ano se renovou. Mas se renovou de uma forma mais consciente.

Eu tenho ajuda. E esta ajuda vem me mostrando muitas coisas que antes não via. Não é fácil descobrir que a sua maior certeza de todas, não é tão certa assim. Não é fácil descobrir que o que você mais conhecia de si, na verdade você não conhece.

Mas o bom, é que a chance está aí. Página nova, página em branco. Para escrever um novo amanhã, e para redescobrir uma nova pessoa. Aquela que durante anos eu corrompi obscuramente e a escondi dentro de mim. Ela está aqui, em meio a todas estas marcaras, e eu hei de achar. Porque hoje eu consigo ver, que ela existe, não onde está, mas que existe. E isso já basta que renovar as esperanças. 

O que eu quero?

Descobrir que você na verdade não sabe quem é, não é fácil. Eu me sinto perdida. Sem norte, sem rumo. Como se todo um livro escrito se queimasse em chamas, puuuf. Tchau, adeus, páginas em branco. Mas de um papel reciclado, amassado e até um pouco sujo. Como é que você simplesmente para tudo e se redescobre? É possível? Eu me sinto viciada.Tudo o que penso me contesto se é o que eu realmente penso. Não sei da onde vem meus pensamentos, meus desejos, minhas necessidades e minha opinião. Vem de dentro de mim? De que mim? O eu que eu criei, a personagem sofredora e poliqueixosa que nada dá certo? Ou o eu que é da minha alma?..... um eu que eu ja nem mais conheço. Mas um eu que eu tenho que enxergar para conseguir buscar uma paz e ter finalmente uma vida com um pouco mais de satisfação, alegria e felicidade daqui por diante.

Me perdendo dentro de mim cada vez mais.

O que eu sou?
O que me importa, o que me agrada?
O que me traz prazer, me arranca um sorriso sincero?

O que eu quero pra mim?
O que eu quero pra minha vida?

Por essa eu não esperava. Descovri que até aqui na minha vida, 25 anos nas costas, todo esse tempo. ... eu vivi uma vida errada. Uma atriz na minha própria vida.
E lá no fundo, fundo, do fundo de mim, hoje eu já não consigo distinguir o que é verdadeiro e sincero por mim, ou pelo papel que assumi diante essa performance dramática que venho escrevendo a mim.
Foram tantas máscaras. Tantas. Tantas. Que eu ja não seja mais qual é a minha cara.
Quando eu falo que não sei o que sou e o que quero ser, eu de verdade não sei. Não consigo acessar isso dentro de mim. Foi tanto tempo também definindo o que eu não queria mais ser. O que eu consigo pensar é no pessoal. Não sei fugir do ideal. O que é verdadeiro, simplista. Não me vem.
É tudo tão complexo. Tão desgastante. Mas tão necessário também. A quanto tempo eu to nessa? Nessa vida dramática, sofredora. E agora eu descobri o porque eu não conseguia ir pra frente.
Eu tenho que me redescobrir. Partindo de um papel em branco, hoje todo amassado e rasgado.

Como eu posso ter tanto desvalor assim dentro de mim?

Quanto mais verdadeira eu sou, quanto mais procuro ser simplesmente sem pensar, sem calcular e deixar o lado analista de lado...... mais vejo as pessoas se afastarem de mim.

E eu ainda tenho que acreditar que sou uma pessoa legal? Mesmo?



Sempre tive essa falta de apreço por mim mesma.
Sempre me vi bonita, sim, uma pessoa boa de coração por sempre querer o bem aos outros e almejar que tudo o que eu sempre tive condições de ter de bom as pessoas ao meu redor também pudessem ter.
Mas.... Legal? Interessante? Divertida? Especial? Essencial? Diferencial? ......não. Nunca me vi assim. Nunca acreditei nisso.

Mas o tempo foi sendo vivido e para conseguir avançar na minha sociabilidade, acabei escondendo isso. Apostando no escuro. Como quem mente habilidades em um currículo. Deixei de lado, de me preocupar. De julgar este meu eu. Afinal, julgamento de chato, legal, interessante ou um pé no saco...vem de um outro alguém, e existem diversos tipos de "outro alguém". Então parei, larguei mão de ter medo dos outros acharem que eu era assim como me via.

"Se você não acreditar em si próprio, quem irá acreditar?"
Sim, eu sei que é assim que funciona. Mas eu simplesmente não conseguia enxergar em mim uma pessoa legal.

Agora, tentando me redescobrir, acho que tô deixando voltar a tona essa descrença.
Verdade que nunca superei 100%, mas ela estava aqui quietinha, totalmente em modo off.  Mas está voltando.