domingo, 10 de julho de 2011

Vidinha...

Minha vida está uma merda.
Eu não consigo fazer nada, sai do controle.  Estou fora de órbita só deixando o tempo passar e ser levada pela vida até o momento em que colisões aconteçam.
Eu tenho planos, eu tenho vontades, tenho incentivos, objetivos, metas. E tenho oportunidades. Só não tenho minha ação. Meu controle, meu domínio. Minha confiança e minha paz espiritual.
O tempo está passando, a vida vai se indo. Parada no tempo sei que não estou, mas também não estou caminhando, não estou indo avante. Estou sendo carregada por uma força maior, como se existisse uma corda amarrada nas minhas mãos sendo puxada pelo tempo.
Já vivi fases de inércia, já vivi muitas depressões, leves e graves, passei por crises de existência, falta de confiança, falta de reconhecimento de mim mesma. Já me vi a excluída, senti tristeza, raiva, revolta e invejas. Já desejei muito ser aquilo que não sou, já vivi num mundo que não é meu. Já quis fugir, me esconder, hibernar até que tudo estivesse realizado em minha vida. Já quis viver um sonho, já quis desistir de tudo. Já passei meses com medo de dormir, anos com vazios  dentro de mim, já me senti sozinha, já fui sozinha junto do mundo inteiro. Já me senti a ridícula, a sem graça, a sem importância e a sem inteligência. Já duvidei, questionei, desacreditei de minhas competências, de minha beleza e de meu caráter. Já me xinguei, me decepcionei, me desgostei por ser quem eu sou.
Já vivi tudo isso. Já senti tudo isso. Já fui assim. Eu sou assim.
Todas essas negatividades são parte de mim, são sentimentos, questionamentos e percepções que estão enraizadas em minha personalidade, na minha cabeça, no meu coração e em cada célula do meu corpo. É como se fosse um vírus que tivesse invadido meu DNA e por mais que eu tente liquidar ele não morre, é resistente a tudo e qualquer tratamento.
A gente cai quando passa por momentos de incertezas, coisas novas. A gente se sente inseguro, com medo, cheio de receios. Parece tudo estar fora dos eixos, parece que não vamos conseguir, vai dar tudo errado. E junta tudo, toda e qualquer agulhinha no palheiro vira uma mega tempestade. Mas tempos bons chegam, coisas boas acontecem e a tendência é se recuperar, se encher de boas energias e deixar  de lado a negatividade. Olhar pra cima, p frente, ver as coisas com esperanças.
Coisas boas tem acontecido em meio de tantas negatividades, mas nada tem sido suficiente para melhorar meus ânimos. O momento bom acontece, é bom e logo passa e abre espaço para esse olhar tristonho e desencorajado da vida.
Os altos e baixos tem sido muito instáveis. Não dá tempo de recarregar as energias. Não dá tempo de bombear adrenalina suficiente para todas minhas células, que o vírus da tristeza já toma conta de tudo.
Esperança eu tenho. Nunca deixei de ter. Mas tenho também cansaço. Muito cansaço. Eu imploro por ser mais feliz. Imploro por me sentir mais contente. Imploro por ser mais satisfeita com tudo que tenho. Por ser mais completa. Mais humana.
Sinto um bicho dentro de mim roubando minha luz, meu brilho, minha alegria da vida.
A vida é tão linda. Tantas coisas boas. Tantos sem sentimentos bons. Eu já o0s tive também. Sei como são. Mas confesso que mal lembro. O gosto mal chega se incorporar em minha memória direito, e já vai se embora.
É disso que eu falo. Só imploro por ser mais feliz.