segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O tal do desgosto próprio

O que eu vejo de mim?
Porque não me gosto tanto assim?
Da onde vem este desgosto? 
O que me faz ser tão inútil?

Sabe, é até engraçado,  como algo que é tão, mas tão, tão certo pra mim...simplesmente é indefinível? Eu tenho muito forte esta concepção do quão indiferença eu sou aos outros, do quão sem graça, do quão dispensável e muitas vezes chata. Do quanto eu não agrego em nada, não faço diferença, não sou presença desejável.
Olha quaaaanta coisa ruim vejo de mim para com os outros.
Mas.... da onde vem isso? Como cheguei a estas conclusões?
Se eu vejo uma indiferença em mim, o que é a diferença nos outros?
Os meus achismos são vagos. Não tem motivos claros. Eles estão enraizados aqui mas não sei da onde surgiu a semente desta árvore gigante de desgosto que tanto cultivo.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Origem na família

Acho que meu pai me passa um pouco essa ideia de solidão também. Ele sempre diz que as pessoas só vem em casa quando tem comida e bebida de graça no caso de festas. Que ninguém liga e nem se interessam por saber como estamos. E sabe do pior, é verdade. O telefone de casa não toca quase nunca e visitas a gente recebe quase que uma ao ano. E ainda, minha mãe sempre torce o nariz quando chega gente em casa pra bagunçar e tirar ela do sono gostoso dela da tarde. E meu pai também sempre arranja desculpa para não ir em festinhas e afins. Tá vendo, ele reclama de uma verdade que eles mesmos criam. Eu acabo levando as consequências de solidão e ainda acabei aprendendo a viver isso agindo da mesma forma. Reclamo de nunca estar com ninguém ao meu lado, mas sempre fugo quando avisto alguém.