quarta-feira, 17 de julho de 2013

Carga pesada

To negativa. To pesada. To carregada. Nova fase de mare baixa se instalando. Novo poço se abrindo. Soma de diversos insucessos. Ser a odiada no trabalho já é algo terrível pra qualquer um e pra mim a importância é ainda maior. Tentar fazer diferente, mas não conseguir, e ver outras pessoas que nem tanto teria de conseguir e estão conseguindo doi. Cada dia uma chance de fazer diferente, de fazer melhor, estou la dando tudo de mim me esforcando, mas melhoras não acontecem. Isso é desgastante demais. Olhar pra ele que por orgulho e magoa desfez a carona e eu me estrepando pra ir de metro tem um gostinho meio humilhante, gostinho de perda e de bem feito. Cada dia uma baita preocupação em voltar pra casa, uma dor no peito de não estar indo com o carro que está na garagem e gastando dinheiro desnecessariamente me vem como um fracasso. A casa está largada, não limpei nenhuma vez desde que meus pais viajaram, minha cama eu não to arrumando, a louça não tenho lavado e a comida que minha mãe me deixou está estragando, não tenho comido direito. Meu joelho não melhora. Doi pra andar com esse curativo repuxando e essa cascona se formando, tenho mancado e nunca escapo de ao menos uma batida de uma bolsa bem em cheio no machucado no metro ou ônibus cheio. A roupa ja esta de uniforme, não tenho como trocar, jeans doi e vestido aparece muito o curativo e pasos frio a noite, uma mesma calça de malha velha tem sido minha companheira, suja, rasgada e que não combina com quase nenhuma blusa, to repetindo e indo trabalhar como se estivesse em casa. Algo que estava florescendo no meu coração já está sendo enterrado. Um alguem, uma pessoa com quem me senti a vontade, me senti eu, me senti feliz e completa ao lado. Depois de tanto tempo, de tanta falta...senti um alguem comigo. Mas esse alguém já está indo embora, já não me quer mais e eu nem sei o porque, pra mim parecia tão recíproco esse florescer. Não tenho conseguido acordar cedo, acordo pra ja ir trabalhar e ainda tenho a capacidade de sair de casa sempre atrasada, chegando em cima da hora no trabalho. To dormindo mal, acordando durante a noite diversas vezes. Aaaaaaiiiii..... dias ruins. Dias pessimos. Tantos pontos negativos. E nada me traz pra cima. Eu não cai, orgulho de mim por isso. Mas to capengando. To carregando uma dinamite dentro de mim, que a qualquer momento estoura pra devastar esse palzinho milimetrico que me segura de uma queda pra cama. To vivendo "nas coxas". Como se fosse uns rabiscos de rascunho. Me jogando pro dia sem critérios, sem seguir nenhuma regra, nenhum valor. Como se não precisasse nada dar certo.Seria lindo se não me importasse. Mas eu quero ser certa, quero ser uma boa profissional, quero ser uma mulher especial a algum homem, quero ser exemplo de filha, não quero causar desgosto neles, nem ser excluída da turma. Não queria ser a looser e a errada com a carona. Eu quero o melhor pra mim. Mas tenho feito do pior, do contrário com tudo com que importo e prezo. E pior, tudo conscientemente.

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