E do nada a dor muda. Como se uma onda gigante do mar me atacasse.
Aquela falta de energia, aquela desesperança se enfraquece e é tomada
por aquela sede insana de viver. De chegar lá. Os olhos brilham ao
pensar, o coração bate acelerado ao sonhar acordada.
E a dor já não tem
sabor de desesperança. Tem revolta. Revolta pela perda de tempo que
tenho vivido. Revolta por estar aqui querendo estar lá. Revolta por
estar assim. Revolta por viver dias em que tenho vivido. Mas é aquela
revolta que seca minha boca de sede. Sede de chegar lá.
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