Minha insegurança puxa a depressão. Vem com medo, com depreciação.
Sinto como se não soubesse viver. Como se existisse um saber nhé. O pior é
que sim, pra mim existe, existe o meu saber ideológico.
Como posso ter
duas pessoas tão distintas em mim? Alguém que julga, que se dita a
experiência, que tem os certos e errados, que espera algo consciente. Em
contrapartida, existe o eu sofrido, o que nada acerta, que nada
consegue. O que nenhum valor tem. Essas duas pessoas são eu, estão
dentro de mim e se conflitam o tempo todo.
O equilíbrio? No equilíbrio
eu to linear, não vem sofrimento mas não vem também nenhum sorriso. To
insegura, to frágil. Me sinto no escuro e mesmo neste não posso deixar
de enxergar. O esforço é grande, é diário, é o tempo todo. Não posso
cair. Mas errar também não me pode ser permitido. E será que já não
estou errando? O que me garante?
Cada atitude, cada palavra, cada
movimento. Em cada simples olhar e respirar eu tenho insegurança.
Insegurança essa que me traz medo, que me ativa a depressão e que me faz
querer correr pra bem longe disso tudo.
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